Não é terrena a tua terna imagem
Deusa de carne e osso, ó beldade,
Um corpo tens de etérea suavidade
Que me afoga inda antes da estiagem...
Deuses do Céu, olhai esta miragem
Certo dia tornada realidade:
É fome de leão, voracidade,
Velai por mim que morro da voragem...
Envolvido nos teus beijos e abraços
Penetro o corpo teu sem embaraços
E em ti a minh'alma logo exulta:
Não há vida, nem morte, nem há nada
Para além da volúpia alucinada,
Se pecamos não é por nossa culpa...
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