Uma caneca.
Minha mãe queria jogá-la fora porque estava rachada.
Eu não queria me desfazer dela. Meu lado emocional não permitia.
Brigamos.
Eu peguei a caneca, grande, pesada, sorri, delicadamente a coloquei dentro de um saco plástico, sorri novamente enquanto dava um suave nó nele.
A levantei acima da cabeça, pensei "20 segundos de doce insanidade", a joguei no chão, fazendo com que se estourasse com estrondo.
Minha mãe se assustou, gritou "se está com raiva, jogue-me no chão" e saiu.
Eu fui até ela e disse "não foi por raiva, não foi por você", e sorri.
Tudo que eu precisava era de um motivo maior do que uma simples rachadura para me desfazer dela.
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