"— Mas você se lembra de ter sido feliz?"
"— "Você é meu anjo e meu Guardião. Supere essa contradição", disse ele."
"— O que você sente?! — perguntei, recusando-me a ser invadido.
— Sinto o sangue de centenas — murmurou ele. — Sinto uma alma que conheceu milhares de almas.
— Conheceu? Ou apenas destruiu?
— Você vai me rejeitar só por ódio a si mesmo? — perguntou ele. — Ou devo continuar com minha história?"
"— Você encontrou as almas que amavam.
— Ah, todas elas amam — disse Memnoch. — Todas elas. Não existe uma alma sequer que não ame nada. Ele ou ela ama alguma coisa, mesmo que essa coisa só exista na lembrança ou como um ideal."
"Eu podia ver nitidamente meu reflexo no vidro. Minha visão sobrenatural funcionava novamente, impecável, com meus dois olhos azuis.
E eu me vi. Quero que você me veja agora. Quero que olhe para mim, agora que me apresento e juro pela verdade deste relato, juro por todas as palavras deste relato, do fundo do coração. Sou o Vampiro Lestat. Foi isso o que vi. Foi isso o que ouvi. É isso o que sei!
Isso é tudo o que sei. Acredite em mim, nas minhas palavras, no que eu disse e no que foi escrito. Estou aqui, ainda. Sou o herói dos meus próprios sonhos, e permitam por favor que eu mantenha me lugar nos seus. Eu sou o Vampiro Lestat. Que eu passe agora da ficção para as lendas."
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