"Segurando o queixo da menina com delicadeza, o médico perguntou: 'O que você está fazendo aqui, meu bem? Você nem tem idade para saber o quanto a vida pode se tornar ruim'.
E foi então que Cecilia forneceu oralmente aquilo que seria sua única forma de bilhete de suicídio, e ainda por cima um bilhete inútil, porque ela sobreviveria: “É óbvio, doutor”, ela disse, “você nunca foi uma menina de treze anos”.
"Apoiada na cama, ainda usava óculos escuros em estilo gatinho durante o dia, com armação perolada, e ainda chacoalhava cubos de gelo no copo alto que garantia conter somente água; mas havia nela um novo odor de indolência vespertina, um cheiro de novela."
"A mente dela já não existia de uma maneira relevante."
“O suicídio, como pecado mortal, é uma questão de intenção. É muito difícil saber o que se passava no coração daquelas
meninas. O que estavam realmente tentando fazer”.
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