quinta-feira, 20 de junho de 2013

Autor Desconhecido


Cataria a Viúva Virgem

"-Que assim morram todos os traidores!"

"Havia momentos em que a rainha da Onglaterra desejava deixar de lado sua dignidade e rir sozinha; mas esse riso seria histérico..."

"Aqueles pensamentos eram ruins. Ela ainda não tinha dezesseis anos e já pensava na morte."

"-Está vendo? Tudo isso é em sua homenagem. A senhora é a esperança e o desejo da Inglaterra."

"-Agora me deixe sozinho com o meu sofrimento."

"As palavras no papel parecem frias, destituídas de qualquer sentimento."

"-Às vezes não sei o que vai ser de todas nós..."

"Era difícil para uma mulher orgulhosa aceitar tal derrota."

"Filipe virou-se subtamente e agarrou-a pelo pulso. Joana sentiu dor, mas não se importava quando era tratada com crueldade. Ficava mais feliz quando ele punha as mãos nela, mesmo que de forma brutal, do que quando ele voltava sua afeição ou raiva para as outras."

"-Joana, você está se desesperando.
-Eu vivo em contínuo desespero..."

"-Eu nunca mais o deixarei... Em vida ele me deixou várias vezes, mas na morte não me deixará nunca."

"Disse que não queria ver o sol. Ela era uma viúva e sua vida seria dali por diante vivida no escuro." (Joana)

"... cada dia, Joana ficava um pouco mais estranha, um pouco mais desligada do mundo. Só em um ponto ela era constante - seu amor pelo belo galanteador, o grande responsável pela sua loucura."

"A felicidade embelezara seu rosto."

"A fortaleza cinza parecia sinistra com suas ameaçadoras torres de pedra; mas Catarina só via a beleza dourada de seu noivo, só ouvi os gritos do povo, 'Salve a noiva do rei! Salve a rainha, Catarina de Aragão!"


Autor Desconhecido



O Morro dos Ventos Uivantes - Trechos 4

"...Parece até que lidei esse tempo todo só com o fim de realizar um grande gesto de magnanimidade. Mas a verdade anda bem longe disso. O que me aconteceu foi que perdi a faculdade de gozar cim a destruição deles, e tenho preguiça de me empregar numa destruição gratuita."

"Um único desejo alimento, e todo meu corpo, todas as minhas faculdades anseiam por atingí-lo. Venho ansiando por isso há tanto tempo, e tão inflexivelmente, que estou convencido de que esse desejo será satisfeito, e em breve, porque já devorou minha existência: já fui tragado pela expectativa de sua realização."

"...Estou felicíssimo; entretanto, não atingi ainda a felicidade completa. Essa felicidade da minha alma mata-me o corpo, e assim mesmo não se satisfaz."

"-Aqueles não tem medo de nada. Juntos, enfrentariam satã e todas as suas legiões."

"Demorei-me ao pé dos túmulos, sob o céu suave... e a cismar se era possível à alguém imaginar um sono agitado por sob aquela terra tranquila."


O Morro dos Ventos Uivantes - Trechos 3

"... a imobilidade dele era a exaustão so sofrimento, a dela, a paz absoluta."

"Encarei-o, soltei uma gargalhada escarninha. As portas veladas do inferno despejaram chamas sobre mim, durante um momento; mas o demônio que habitualmente as animava achava-se agora ofuscado, tão abatido, que não me arreceei de soltar outra gargalhada zombeteira."

"O tempo lhe trouxe uma resignação, uma melancolia, mais suaves que a alegria vulgar."

"...Despreze-me tanto quanto queira, sou um inútil, um desgraçado, um covarde. Não há escárnio que me baste, mas sou ínfimo demais para merecer sua cólera..."

"... Ao senhor, sr Heathclif, é que ninguém ama; e por mais infelizes que nos torne, teremos sempre a desforra de pensar que sua crueldade deriva de sua desgraça. Porque o senhor é um desgraçado, não é mesmo? Solitário como o demónio e invejoso como ele... Ninguém o ama,; ninguém nunca há de chorar pelo senhor, quando morrer..."

"-Hei de tê-la entre os braços de novo! Se achar muito fria, pensarei que é o vento norte que me enregela; se a achar imóvel é porque adormeceu."

"Diz insolência até a nosso amo e chegava a ponto de o desafiar a espancá-la. E quanto mais sofre, mais venenosa vai ficando"

"Vida sinistra, a desta casa!"



O Morro dos Ventos Uivantes - Trechos 2

"Muito tempo fiquei sentada ali, afundada em lágrimas..."

"Diabos me levem se não recupero tudo! Diabos me levem se não lhe tiro também o ouro! Depois tiro-lhe o sangue: só a alma há de sobrar para o inferno! E as profundezas depois de o receberem hão de ficar muito mais pretas do qua antes!"

"Duas únicas palavras seriama  suma do meu futuro: morte e inferno."

"Fere-lhe a vaidade ver a verdade posta a nu."

"Hoje, o único prazer que posso imaginar é morrer ou vê-lo morto!"

"-Não tenho dó nem piedade! Quanto mais os vermes se retorcem, mais desejo sinto eu de lhes revolver as entranhas..."

"... vi claramente que ele mal podia suportar olhá-la no rosto, consumido de dor. No instante em que a abraçou, convenceu-se, igual a mim, 'de que não havia açi esperança de cura', de que ela já estava irremediavelmente fadada â morte."

"-Não me torture até me pôr tão louco sobre você!"

"-... Não basta ao seu egoísmo diabólico que eu me debata nos tormentos do inferno quando você já estiver em paz?
-Não hei de estar em paz!"

"-Agora você está mostrando o quanto foi cruel, o quanto foi cruel e falsa. Por que me desprezou: por que traiu seu coração?... Não tenho para lhe dar uma palavra de consolo. Merece o que está sofrendo. Matou-se com suas mãos. Pode me beijar e chorar... pode arrancar também de mim beijos e lágrimas: o choro e os beijos só servirão para queimá-la melhor... para condená-la mais... Você me amava... que direito tinha então de me deixar?... Porque nem a desgraça, nem a miséria, nem a morte, nem nada, nenhuma praga mandada por Deus ou satanás nos poderia separar, você, por sua vontade nos separou! Não lhe despedacei o coração; você o despedaçou sozinha! E como seu, esmagou também o meu... Quero por acaso viver? Que vida será a minha quando você... Oh! Deus do céu! Quereria você viver com sua alma enterrada num túmulo?
-Deixe-me em paz, deixe-me em paz... Se errei, por esse erro estou morrendo. Não basta? Você também me abandonou, mas não me queixo! Perdoei. Perdoe-me também!"


O Morro dos Ventos Uivantes - Trechos 1

"Naquele morro nu a terra endureceu sob uma geada negra e o vento me fazia tiritar da cabeça aos pés."

"... tanta tolice que até fazia vergonha."

"Que frívolos cata ventos somos nós"

"Tinha o espírito em fervura constante, a língua sempre bulindo..."

"Gente orgulhosa forja a tristeza com a próprias mãos."

"Um mau coração transforma o rosto mais bonito numa coisa pior que a feiúra."

"Não importa quanto tempo terei que esperar se puder afinal vingar-me."

"E tornou-se uma criatura indomável e cheia de soberba."

"Dava a impressão de sentir um prazer sombrio em provocar, em vez de estima, a aversão de seus poucos conhecidos."

Não me pode deixar nesta paixão de raiva!"

"... terei muitíssimo prazer se minha alma for para as profundezas, só assim castigo quem a criou!... À saúde da perdição de minha alma!"

"... nas órbitas fundas, nos olhos de fogo sombrio, brilhava uma mal polida ferocidade, embora dominada."

"Será que aquele demônio conta a sua patroa que enche os bolsos com o ouro do finado pai dela? Será que diz a velocidade cin que o irmão galopa pela estrada do inferno, enquanto ele corre à frente, abrindo as porteiras."

"Doravante será minha irmã apenas no nome, não sou eu que a renego, foi ela que me renegou."

"Todas as relíquias dos mortos nos são preciosas se os amávamos, quando vivos."


sábado, 15 de junho de 2013

O Perfume - A História de um Assassino - Patrick Süskind - Trechos 3

"Ele Jean-Baptiste Grenouille - nascido inodoro no lugar mais fedorento do mundo, achado no lixo, na merda, e na podridão, criado sem amor, vivendo sem calor de alma humana, vivendo tão somente da teimosia e da força do nojo, pequeno, corcunda, roxo, feio, rejeitado, um monstrengo tanto por dentro quanto por fora - conseguira tornar-se amado pelo mundo."

"Tinha criado uma aura mais brilhante e eficaz do que qualquer outra que antes dele algum homem um dia tivera. E não a devia a ninguém... se não a si mesmo... Ele era, de fato, o seu próprio deus, e um deus mais maravilhoso do que aquele deus que fedia a incenso e morava nas igrejas."

"O que ele sempre havia desejado, ou seja, que as outras pessoas o amassem, tornara-se, no instante de seu êxito, insuportável, pois ele mesmo não as amava, mas as odiava. E de repente soube que jmais encontraria satisfação no amor, mas tão somente no ódio, no odiar e no ser odiado.
Mas o ódio que sentia pelas pessoas permaneceu sem eco. Quanto mais ele as odiava nesse momento, tanto mais elas o adoravam, pois nada percebiam dele se não a sua aura, a sua máscara odorífica, o seu perfume roubado..."

"Em suas almas sombrias havia, de repente, um clima eufórico. E em seus rostos repousava um suave brilho de felicidade, um brilho de donzela. Daí talves o pudor de alçarem o olhar e se olharem nos olhos. Quando ousaram... foram obrigados a sorrir. Estavam extraordinariamente orgulhosos. Pela primeira vez, haviam feito algo por amor."


sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Perfume - A História de um Assassino - Patrick Süskind - Trechos 2

"É bem verdade que não amava um ser humano... Amava a uma fragrância. Só ela e nada mais, e unicamente como a sua futura e própria fragrância."

"De fato, a menina era de estranha beleza. Pertencia aquele tipo de mulheres plácidas, feitas de mel escuro, suaves e doces, que com um gesto, um menear de cabelos, um único e suave olhar, dominam um ambiente, permanecendo quietas como no centro de um redemoinho, aparentemente inconscientes da sua própria força de atração, com a qual arrastam irresistivelmente as almas e os suspiros, tanto de homens quanto de mulheres. E era jovem, muito jovem..."

"De repente tudo era exatamente como naquele sonho, só que muito mais claro."

"Quem no começo, ao olhá-lo, sentira apenas compaixão e simpatia estava agora pleno de desejo nu e cru: quem primeiro admirara e desejara era levado ao êxtase."

"E todos se sentiam por ele atingidos e dominados em seu ponto mais sensível: ele os atingira em seu ponto erótico. Era como se o homem possuísse dez mil mãos invisíveis e como se ele tivesse posto a mão sobre o sexo de cada uma das dez mil pessoas aque o rodeavam, acariciando-o de tal modo que cada um, homem ou mulher, mais o desejava em suas mais secretas fantasias."

"O ar estava pesado com o doce cheiro do suor, do desejo e barulhento com a gritaria, com os grunhidos e gemidos dos dez mil animais humanos. Era infernal."


O Perfume - A História de um Assassino - Patrick Süskind - Trechos 1

"Com aquela única pancada, a delicadeza tornara-se para ela algo tão estranho quanto a aversão, tão estranha a alegria quanto o desespero."

"... morta por dentro, a mulher não sentia nada."

"Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em favor da vida por pura teimosia e maldade."

"Perturbava-as simplesmente que ele estivesse ali. Não conseguiam sentir seu cheiro. Tinham-lhe medo."

"Pela primeira vez não era o seu caráter ávido que experimentava algo doentio, mas o seu coração que sofria."

"Precisava tê-lo, não pela mera posse, mas para sossego do seu coração."

"Tinha preservado e se apropriado do melhor dela: o princípio do seu perfume."

"Só a luz do luar lhe agradava. A luz do luar não conhecia cores..."

"E de súbito a solidão caiu sobre o seu ânimo qual negra superfície de espelho. Ele cerrava os olhos. Abriam-se os escuros portões de seu interior e ele entrava. Iniciava-se o espetáculo grenouilliano da alma."

"Sim, amá-lo é o que deveriam quando estivessem sob o fascínio de seu cheiro, não apenas aceitá-lo como igual, mas amá-lo até a loucura, até o sacrifício pessoal; deveriam tremer de encanto, uivar e gritar, chorar de prazer, sem saber por quê, cair de joelhos - isto é que deveriam fazer sob o incenso frio de Deus, só por chegarem a cheirá-lo!"


Coração de Tinta

 

Jane Eyre - Charlotte Brontë - Trechos 4

"- Desprezo a ideia que o senhor faz do amor... Desprezo esse sentimento falso que oferece... e desprezo-o por oferecê-lo."

"Um jovem encontra sua amante adormecida na margem musgosa de um rio. Quer observar-lhe o rosto sem acordá-la. Pisa com cuidado a relva, evitando fazer ruído. Para, com a impressão de que ela se moveu... Mais uma vez avança. Inclina-se sobre ela. Há um véu diáfano sobre seu rosto. Ele ergue o véu, inclinando-se mais. Agora seus olhos antecipam a visão da beleza, doce e adorável... Algo o faz estremecer! Com que veemência súbita agarra com as duas mãos a forma que antes mal ousava tocar! E como grita alto um nome... E agarra e  grita e olha, pois já não teme acordá-la... Pensava que sua amada estava adormecida e descobriu que ela na verdade está morta,"

"... para ele, tudo era vazio e escuridão."

"- Ela vai acabar sendo para ele uma esposa muito melhor que qualquer grande dama. Pode não ser uma mulher linda, mas tampouco é feia, e tem boa natureza. Além disso, se para ele ela é bonita, quem poderá dizer o contrário?"


Jane Eyre - Charlotte Brontë - Trechos 3

"Admito que, neste instante, sou pouco melhor do que um demônio."

"Com estrondo, a torrente se despejou sobre mim. A absoluta consciência da minha vida destroçada, do amor perdido, das esperanças acabadas, da fé assassinada, tudo isso me envolveu e me engoliu, como uma massa enorme. É imposível descrever a amargura desse instante."

"Se pudesse morrer agora, sem dor, seria bom para mim... Assim, evitaria ter de destroçar meu próprio coração..."

"A louca é tão sedutora quanto malígna."

"... Minha esperança... meu amor... minha vida!"

"Adoravam aquele cenário com todo coração. Eu compreendia tal sentimento, sua força e verdade. Percebia o fascínio daquele lugar, a natureza de sua solidão."

"- Um pequeno espaço foi concedido para o delírio e a fantasia. Encostei o rosto no seio da tentação, pousei a nuca, por vontade própria, sobre seu buquê de flores. Testei de seu cálice. O colo queima. Há uma vespa no buquê. O vinho é amargo. Suas promessas são vãs, o que ela oferece é falso. Tudo isso eu vejo e sei."

"... Sei que ela é ignóbil: mera febre da carne e não, posso lhe garantir, uma verdadeira convulsão da alma... Reconhece-me como quem realmente sou: um homem frio e duro."

Jane Eyre - Charlotte Brontë - Trechos 2

"... Tão deprimida que mais algumas palavras e as lágrimas aflorarão a seus olhos. Na verdade, já estão aí, flutuando, cintilando. Uma pérola se desprendeu do cílio e caiu no tapete..."

"... Você tem frio porque está sozinha. Nada toca o fogo que tem dentro de si. Está doente, porque os melhores sentimentos, os mais nobres e os mais doces que podem ser dedicados a um homem, são mantidos longe de você. E é tola, porque por mais que sofra, nada faz para que ele se aproxime, nem dá um passo para ir a seu encontro."

"Era a hora mais doce, 'o dia tendo esvaído seu fogo férvido' e o orvalho deitando gotas frias sobre o verão absoluto."

"Entendo que é inevitável partir. Mas é como entende que é inevitável morrer."

"- Faça a minha felicidade que eu farei a sua."

"- Você me intriga Jane. Seu aspecto e olhar são de uma insolência infeliz, que me causa dor e perplexidade..."

"-... Seja má Jane. Você sabe fazê-lo muito bem. Ponha um daqueles seus sorrisos velados, provocantes. Diga que me detesta, provoque-me, deixe-me inquieto. Faça o que quizer, menos mexer comigo assim. Prefiro ser exasperado do que me emocionar."

"Seu rosto era uma máscara de pedra. Os olhos eram centelha, mas também chumbo."

Jane Eyre - Charlotte Brontë - Trechos 1

"Um medo do desconhecido estava tomando conta de mim. Mas ainda não me vencera completamente: meu sangue continuava quente. O estado de espírito do escravo revoltado ainda me tomava com seu vigor amargo."

"Para dizer a verdade, não tinha a menor vontade de me ver em meio às pessoas, porque em meio às pessoas eu raramente era notada."

"É fraqueza e tolice dizer que não suportaria algo que seu destino dita que é preciso suportar."

"- Mesmo que o mundo inteiro detestasse você e a achasse má, se sua consciência a absolvesse de qualquer culpa, você não estaria sozinha..."

"... meu rosto em seu ombro, meu braço em torno de seu pescoço. Eu dormia - e Helen estava morta."

"... Após a vida febril, eles dormem em paz." (os mortos)

"Invejo sua paz interior, sua consciência limpa, sua memória intocada."

"E, neste exato instante, já estou pavimentando com energia o caminho do inferno."

"Há verdade nas mais loucas fábulas."

"Havia uma estranha energia em sua voz, e um curioso fogo em seu olhar."

"A razão resistia ao delírio, a análise advertia a paixão."


Autor Desconhecido


Finale


Fernando Campanella



quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Ilha Sob o Mar - Isabel Allende - Trechos 3

"Necessitava compartilhar com ela até os mais íntimos pensamentos, temores e desejos, dominá-la e servi-la ao mesmo tempo com total abnegação... ela era alta, forte, astuta, viva, atrevida e ele era pequeno, ingênuo, contido, tímido; ela pretendia devorar o mund, e ele vivia esmagado pela realidade."

"As lágrimas nunca se acabam."

"... se deparou com um mundo eternamente cinza..."

"Ontém mesmo estive dançando na praça com os tambores mágicos de Sanité DéDé. Dançar e dançar. De vez enquando, vem Erzuli, loa mãe, loa do amor, e monta Zarité. Então vamos juntas, a galope, visitar meus mortos na ilha sob o mar. Assim é."


A Ilha Sod o Mar - Isabel Allende - Trechos 2

"Esse foi o começo da revolução. Muitos anos se passaram e continua correndo sangue que encharca a terra do Haití, mas eu não estou mais lá para chorar."

"... não dá mais para voltar atrás: morria-se lutando ou morria-se na tortura."

"... não tinha conseguido aplacar seu apetite de amor insatisfeito."

"Talves não tivessem feito nada que já não tivessem feito com outros, mas era muito diferente fazer amor quando se amava."

"... sua pele lisa, suave, úmida de suor, de desejo, de pecado, de insolência e provocação."

"De repente, quando seus joelhos se dobraram, a descarga de um relâmpado a sacudiu da cabeça aos pés - fogo, gelo, vento, silêncio. E, então, veio a deus Erzuli como um vendaval e montou Zarité, sua servidora."

"... transformada num demônio, puro desejo, lambendo e suando e gemendo."

"- Todos querem ser livres."

"... o mais ético em certos casos era ajudar a morrer."


A Ilha Sob o Mar - Isabel Allende - Trechos 1

"Dance, dance, Zarité, porque escravo que dança é livre... enquanto dança."

"O amor que ainda não tinha conhecido envolveu-o como uma onda imensa, pura energia, sal e espuma."

"Não faça perguntas e não pense no futuro. Para os escravos só o presente conta."

"O escravo continua sendo escravo. Se foge e tem sorte, morre na fuga. E se não tem sorte, agarram-no vivo. Tire o desejo de liberdade do seu coração. É o melhor que pode fazer."

"O amor tem palavras mudas, mais transparentes do que o rio."

"... o conhecimento... pertence à todos e, se não for ccompartilhado, se perde."

"Um guerreiro faz o que deve fazer, isso é mais importante que o amor. Como não entender isso? Nós mulheres amamos mais profunda e longamente, isso eu seu também."

"Tinha a atitude confiante dos que gozam do amor."

" - ... não se deve matar sem uma boa razão."

"Não há pior sofrimento do que amar com medo..."

"Já não pensava, já não sentia dor, tinha esquecido o mundo e tudo que deixara para trás, inclusive a forma do corpo de Zarité, só lembrava seu próprio nome de guerreiro." (Gambo)