quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Morro dos Ventos Uivantes - Trechos 2

"Muito tempo fiquei sentada ali, afundada em lágrimas..."

"Diabos me levem se não recupero tudo! Diabos me levem se não lhe tiro também o ouro! Depois tiro-lhe o sangue: só a alma há de sobrar para o inferno! E as profundezas depois de o receberem hão de ficar muito mais pretas do qua antes!"

"Duas únicas palavras seriama  suma do meu futuro: morte e inferno."

"Fere-lhe a vaidade ver a verdade posta a nu."

"Hoje, o único prazer que posso imaginar é morrer ou vê-lo morto!"

"-Não tenho dó nem piedade! Quanto mais os vermes se retorcem, mais desejo sinto eu de lhes revolver as entranhas..."

"... vi claramente que ele mal podia suportar olhá-la no rosto, consumido de dor. No instante em que a abraçou, convenceu-se, igual a mim, 'de que não havia açi esperança de cura', de que ela já estava irremediavelmente fadada â morte."

"-Não me torture até me pôr tão louco sobre você!"

"-... Não basta ao seu egoísmo diabólico que eu me debata nos tormentos do inferno quando você já estiver em paz?
-Não hei de estar em paz!"

"-Agora você está mostrando o quanto foi cruel, o quanto foi cruel e falsa. Por que me desprezou: por que traiu seu coração?... Não tenho para lhe dar uma palavra de consolo. Merece o que está sofrendo. Matou-se com suas mãos. Pode me beijar e chorar... pode arrancar também de mim beijos e lágrimas: o choro e os beijos só servirão para queimá-la melhor... para condená-la mais... Você me amava... que direito tinha então de me deixar?... Porque nem a desgraça, nem a miséria, nem a morte, nem nada, nenhuma praga mandada por Deus ou satanás nos poderia separar, você, por sua vontade nos separou! Não lhe despedacei o coração; você o despedaçou sozinha! E como seu, esmagou também o meu... Quero por acaso viver? Que vida será a minha quando você... Oh! Deus do céu! Quereria você viver com sua alma enterrada num túmulo?
-Deixe-me em paz, deixe-me em paz... Se errei, por esse erro estou morrendo. Não basta? Você também me abandonou, mas não me queixo! Perdoei. Perdoe-me também!"


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